Para Quem Gostar de Ler: Janeiro

       Sou feita de dias bons e dias ruins. Dias de sol e dias com chuva. Um parte do caos que pertence a Terra habita em mim. A tristeza e a alegria sempre estiveram presentes juntos em minha alma. Por mais que eu os deteste, os dias ruins me deram a força para me tornar quem eu preciso ser. As vezes preciso me destruir para reconstruir. E é aí que está a chave do jogo: saber viver os dias cinzentos para viver os dias bons.

      Quantas vezes me vi sozinha sofrendo e chorando por medo do que estaria a minha espera. Todos seguem as suas vidas e eu ali, parada com a minha, pedindo para que ela não me arrastasse por esses becos que parecem sem saídas. A minha vida também não parou, ela continuou da mesma forma. E na medida que ela continuava, deixava coisas para trás: paz, dor, esperança...

       Não posso voltar e consertar tudo que foi feito de forma errada, todos os desastres e tragédias. Mas posso continuar de onde eu estou, com a virada de um novo ano que trás consigo renovações. Tenho mais doze meses para fazer valer a pena, correr atrás do que eu quero pra minha vida. E olha, mudei pequenos hábitos que fizeram toda a diferença no meu rendimento. 

         Por último, levei uma queda. Me cedi a pequenas raivas e angústias anteriores. Foi uma quedra bem proporcional. Quanto mais alto se chega, maior fica a distância entre você e o chão. E eu me machuquei, chorei, pensei em não levantar, mas me reergui e fui mais forte do que eu pensei, em várias circunstâncias. 

        Não foi um mês fácil, mas eu tenho muito a agradecer. Das pequenas tragédias, angustias, eu consegui passar por cima de tudo e continuar, firme e forte. Aos poucos chego lá...